sexta-feira, 27 de junho de 2014

Poema do dia seguinte


ao F.T.


as flores ainda latejam em minha nuca
negras lúgubres pétalas de saudade
à espera

meu tempo se chama nunca
grito no escuro do impossível
esperança

os sons se calam e reverberam no silêncio
estendo as mãos ao inalcançável
desespero

a tristeza é tanta para pouca lágrima
esquecida nos secos olhos quase verdes
despedida

me escondo te escondendo em mim
lembranças do que nada será
desapego