sábado, 28 de fevereiro de 2015

Ao amigo Vitor M. Rigotti

viver
como se fosse
da primeira vez

abraçar 
cada momento
como se fosse o
último

se despedir 
pois tudo que é livre
deságua 
no mar da saudade

domingo, 8 de fevereiro de 2015

me enlaço em cada tropeço meu
me desfaço de cada acerto seu

estrada

chão que me consome
me tome de súbito
te risco de sol
e busco saudade
brisa
bagunce meus pensamentos verdes
e deixe
que minhas pálpebras pesem
o horizonte
inspiro mais do que posso
fios de poeira
caminho
e acaricio o tempo com o aceno do destino
e amacio o vento com o sabor do riso
que risca o asfalto de sonhos

em desencontro
me encontro

Un tango para dos

al amigo Alan Sacco


yo siento gusto de sangre
de muerte del sueño
que un dia tuve

pienso en el imposible
y descreo
en crerme tan sola
confio demasiado

voy a parar, voy a murir
un poco más
y despues, quien lo sabe,
me despierte
y en el sueño vea
que cada sueño
es pesadilla
y que todo eso
hace parte del equilibrio

trôpegos

me lembrei
que fui esquecida por vários olhares
ausentes
tropeçaram por minha pele
como se me descamassem
e tirassem
em cada tanto
um canto meu
em pensamentos longos
me fui
quis abraçar o passado com as mãos do futuro
me restou acordar
e sentir o vazio que completava meu peito
em mim mesma
me esqueci