tag:blogger.com,1999:blog-63929043375866578322024-03-14T09:26:02.697-03:00Por que não?Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-17525517784829215552017-05-18T14:58:00.001-03:002017-05-18T14:58:33.605-03:00Violãoum ponto<br />
de múltiplos poros crescendo vermelho<br />
uma superfície plana<br />
branca<br />
contorcendo a dor de seu dedo<br />
um plano áspero<br />
diminuindo a cada latejar de sua tinta orgânica<br />
<br />
a mão se move sob efeito torpe - ele disse,<br />
ainda que meus olhos só vissem a luz da fogueira elétrica improvisada<br />
avançando por entre a carícia dos dedos quentesSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-79552926553239100702016-09-10T00:39:00.000-03:002017-05-18T14:56:15.115-03:00Sonho de uma noite de verão<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E se os ventos dobrarem a esquina, perseguindo os vácuos das pessoas que
dobram a esquina incessantemente? Imaginava que nesse ínterim, uma brecha de
tempo se abriria diante dos olhos dos transeuntes... mas eles não perceberiam o
ocorrido, nem por um átimo estranhariam o fato de que aquela brisa de ar
poderia se tornar um tufão. Pobre dos japoneses que em seu arquipélago
sentiriam a turbulência da revanche – e eles que achavam que suas borboletas
nos atacariam. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não, não. Mas não é
isso que importa. Aquele momento em que uma pessoa, involuntariamente, gira o
seu pé direito na direção oposta, a mais ou menos um ângulo reto, e toca com
seu calcanhar distraído a película de asfalto...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vácuo de tempo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas não é isso que
estou tentando dizer, deixa eu tentar explicar... calma. Inspira, expira,
inspira... A taquicardia, a inimiga das noites. A acusadora da insônia e de um
ataque de ansiedade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Expira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As pessoas e seus
balãozinhos flutuantes, errantes, aquelas pessoas. Que viravam a esquina. Não
sabiam, que se não virassem a esquina pudessem esbarrar, ao seguir reto, com o
amor da suas vidas ou simplesmente pudessem ser atropeladas por um ciclista
descuidado. Elas não sabiam da sorte e do azar que possuíam em mãos. Deram as
costas à chance de se ter a sorte ou o azar, e voltaram as vertebras ao destino
que se desdobrava ante seus narizes impecavelmente levantados (a alguns graus
para cima). E desse desdém, sopros decorridos do movimento de se virar a esquina
abanavam a monotonia do tempo, que os observava.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vácuo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O tempo e seu
vácuo, sentado no banco de praça, observando os cidadãos daquela estranha
cidade. O tempo achava mais estranho ainda colocar o adjetivo “estranha” diante
da cidade. Para ele eram a mesma coisa. Cidade. E suas pessoinhas desprezíveis.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda não estou
bem. Já tomei um chá de camomila e sinto que estou prestes a cair da sacada...
pelo menos é isso que o meu cérebro burro diz ao coração, que mais burro ainda
acredita nele.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Inspira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Expira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Passos rápidos de
pés rápidos pisam em pedras estáticas, mas soltas, encorajam a lama a subir e
avisar aos donos dos pés rápidos que eles andam rápido demais e que estão
cansados. Infelizmente os donos dos pés rápidos apenas param e olham aquela
mancha em suas calças e reclamam, sem considerar o feito heroico que passou despercebido
diante de seus narizes, voltados a seus umbigos impecavelmente centrados em si
mesmos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Flash!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E se o tempo
parasse de olhar para aquela esquina e seus transeuntes, e cuidasse de sua
própria vida? Se ele tivesse essa opção, imagino que ele se levantaria do banco
de praça e caminharia pela cidade, e começaria a perceber que talvez, asfalto e
pele fossem a mesma coisa: ambos conectados pelo acaso, e rígidos. Talvez se o
tempo pudesse caminhar e sentar em um banco de praça ele seria só mais um
estranho pousando o seu pé no asfalto quente de sol.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Inspira. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, ainda não está igual ao que eu pensei. Não é isso que quero
dizer... Por que não passa logo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E de repente, alguém desiste. A desistência encontra o passo torpe da
menina que saltitando desiste, juntamente com a desistência, de virar a
esquina. E assim, sem saber, o nariz de uma pequena menina, voltado a quarenta
e cinco graus para baixo, esquece-se de seu umbigo pequeno. Pena que o tempo já
não estava mais sentado no banco de praça para ver o ocorrido, já que o tempo
não podia andar pois não tinha pernas. A menina possuía pernas. E era estranha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vácuo de noite, verão ensurdecedor. Meu corpo me diz que algo vai acontecer,
mas eu sei que não vai acontecer nada. As coisas são assustadoras vistas assim.
Aliás, não há coisas, não há nada que eu possa fazer. Tento fechar meus olhos,
mas eles não me obedecem. Pontos estáticos clavados em uma parede, é isso o que
eles são. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda não é assim que eu quero que fique.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Coloco a mão no coração, e as batidas parecem estar mais tranquilas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acho que agora vou poder dormir. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A menina vê dois pontos estáticos clavados no asfalto. Mal sabe ela que tinha
acabado de salvar um arquipélago inteiro, e que o vácuo de tempo ocasionado
pelo vento das costas das pessoas que viravam a esquina criaram dois olhos que
de um lado estavam se abrindo no asfalto, e, de outro, fechavam-se para a noite ensurdecedora e
taquicardíaca de verão. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-81832256914157272002016-02-09T21:26:00.001-02:002016-02-09T21:26:34.498-02:00<div class="MsoNormal">
E aqui no peito é tudo
tão<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Movediço<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E aqui no meio dos
meus seios é tudo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Tão<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por baixo da pele
branca buracos negros<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E por cima da cratera
roxa<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Um gosto espesso que
transborda os vãos dos dentes<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E por baixo a areia em
secura tão só<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
e aqui tão<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
eu<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
e as cascas ainda
demovem<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
e a estaca de seus
ossos <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
nos meus<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
parênteses eternos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
e aqui por entre os
mamilos tudo igual<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
um fio um eixo de<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
gravidade que me
conecta lentamente aos seus<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
e mais tarde<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
poeiras púrpuras
sairão dos vãos dos olhos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
e a pele arrancarei
toda <o:p></o:p></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">até que a dor nos separe. </span>Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-36176182881589303942015-07-17T03:08:00.000-03:002015-07-17T03:08:10.627-03:00Apenas duas mãoslevo comigo o segredo do mundo<br />
e o mundo me leva em secreto sigilo<br />
<br />
guardo contigo o universo singelo<br />
de te ter em mim em murmúrio contido<br />
<br />
desato nós do passado<br />
de fios amarrados pelo futuro<br />
<br />
emaranhados pelo presente<br />
respiro no teu peito<br />
a implosão do caos rarefeitoSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-38845459241847412202015-07-08T22:21:00.000-03:002015-07-08T22:21:26.703-03:00sinto na boca um gosto de anzol<br />
novamente sendo fisgada<br />
e jogada de volta ao marSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-59723959167798776822015-02-28T01:27:00.000-03:002015-02-28T01:27:48.738-03:00<div style="text-align: right;">
Ao amigo Vitor M. Rigotti</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
viver</div>
<div style="text-align: left;">
como se fosse</div>
<div style="text-align: left;">
da primeira vez</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
abraçar </div>
<div style="text-align: left;">
cada momento</div>
<div style="text-align: left;">
como se fosse o</div>
<div style="text-align: left;">
último</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
se despedir </div>
<div style="text-align: left;">
pois tudo que é livre</div>
<div style="text-align: left;">
deságua </div>
<div style="text-align: left;">
no mar da saudade</div>
Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-14958650021464002252015-02-08T23:10:00.001-02:002015-02-08T23:10:05.899-02:00me enlaço em cada tropeço meu<br />
me desfaço de cada acerto seuSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-36674152786829673462015-02-08T23:07:00.001-02:002015-02-08T23:07:33.864-02:00estradachão que me consome<br />
me tome de súbito<br />
te risco de sol<br />
e busco saudade<br />
brisa<br />
bagunce meus pensamentos verdes<br />
e deixe<br />
que minhas pálpebras pesem<br />
o horizonte<br />
inspiro mais do que posso<br />
fios de poeira<br />
caminho<br />
e acaricio o tempo com o aceno do destino<br />
e amacio o vento com o sabor do riso<br />
que risca o asfalto de sonhos<br />
<br />
em desencontro<br />
me encontroSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-53185469666649333052015-02-08T22:35:00.000-02:002015-04-08T11:50:42.934-03:00Un tango para dos<div style="text-align: right;">
al amigo Alan Sacco</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />
yo siento gusto de sangre<br />
de muerte del sueño<br />
que un dia tuve<br />
<br />
pienso en el imposible<br />
y descreo<br />
en crerme tan sola<br />
confio demasiado<br />
<br />
voy a parar, voy a murir<br />
un poco más<br />
y despues, quien lo sabe,<br />
me despierte<br />
y en el sueño vea<br />
que cada sueño<br />
es pesadilla<br />
y que todo eso<br />
hace parte del equilibrioSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-84784736686669437582015-02-08T22:30:00.000-02:002015-02-08T22:30:11.953-02:00trôpegosme lembrei<br />
que fui esquecida por vários olhares<br />
ausentes<br />
tropeçaram por minha pele<br />
como se me descamassem<br />
e tirassem<br />
em cada tanto<br />
um canto meu<br />
em pensamentos longos<br />
me fui<br />
quis abraçar o passado com as mãos do futuro<br />
me restou acordar<br />
e sentir o vazio que completava meu peito<br />
em mim mesma<br />
me esqueciSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-17363301650815305232015-01-25T19:57:00.000-02:002015-01-25T19:57:01.066-02:00PolaroideSe lembra quando tudo era mais leve, até mesmo o peso dos nossos corpos, que não conheciam o pesar?<br />
Se lembra daquela foto, você ao meu lado, menor, e o meu sorriso e o seu eram um só?<br />
Se lembra que as aparências não enganavam, e que na verdade, tudo o que a gente era estava ali, sem precisar se esconder na vaidade?<br />
Se lembra quando as dores não estavam enraizadas, e que tudo era tão fácil, tão único, tão verdadeiro?<br />
Se lembra quando a gente não competia, mas que, muito pelo contrário, eu guardava o chocolate pra depois dividir com você?<br />
Se lembra quando nenhuma de nós queria que a outra se sentisse ridícula, afinal, não conhecíamos a humilhação, só tínhamos tempo para pensar em assistir mais um episódio do pequeno urso numa tarde depois da escola?<br />
Se lembra como nos defendíamos dos piás nos zuando, e isso por que só nós tínhamos o direito de zuarmos a nós mesmas!?<br />
Eu já não me lembro mais de quando nos perdemos...<br />
<br />
<br />Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-42321557134744747432015-01-25T19:21:00.001-02:002015-01-25T20:10:24.949-02:00"Lembrou o riso que eu tinha e esqueci entre os dentes"clarão verde a despertar<br />
buracos de céu procurando espaço no balançar das folhas<br />
sombra e luz brincando de esquecer o tempo<br />
tilintavam, dançantes, efêmeras, escorregando<br />
aos olhos que pesavam<br />
sono de não viver<br />
sonhar de partir<br />
<br />
fez da solidão sua única companheira.Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-85969374471218631412014-09-11T23:38:00.000-03:002014-09-11T23:38:12.036-03:00Ilusão<div class="MsoNormal">
Fez da fuga, cárcere<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E do cárcere,
liberdade<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Da liberdade, <o:p></o:p></div>
Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-46554891943735098102014-08-24T11:17:00.000-03:002014-08-24T11:17:10.135-03:00ArCidade vã<br />
Saudade sã<br />
<br />Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-45657659952309323922014-06-27T12:12:00.001-03:002015-01-25T19:25:26.292-02:00Poema do dia seguinte<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
ao F.T.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />
as flores ainda latejam em minha nuca<br />
negras lúgubres pétalas de saudade<br />
à espera<br />
<br />
meu tempo se chama nunca<br />
grito no escuro do impossível<br />
esperança<br />
<br />
os sons se calam e reverberam no silêncio<br />
estendo as mãos ao inalcançável<br />
desespero<br />
<br />
a tristeza é tanta para pouca lágrima<br />
esquecida nos secos olhos quase verdes<br />
despedida<br />
<br />
me escondo te escondendo em mim<br />
lembranças do que nada será<br />
desapegoSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-75623508932265162942014-05-01T17:14:00.001-03:002014-07-11T02:37:09.283-03:00Estou só e não resistoRugas de pedra<br />
rachaduras pulsantes<br />
caminhares confusos<br />
pelas lembranças<br />
andanças dançantes<br />
girassóis que rodopiam<br />
ventos encharcados<br />
frêmidos freantes<br />
secos áridos<br />
pelo sonâmbulo<br />
sol<br />
<br />
mas eu já<br />
e minha voz<br />
não sou<br />
ecos dissonantes<br />
mais eu<br />
gritos perdidos<br />
e você já<br />
vagando mundos<br />
não é<br />
entrelaçados<br />
você<br />
<br />
riscos cortantes<br />
estradas partidas<br />
estrelas quebradiças<br />
sulcos que sugam<br />
esperança<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-35081718833686502582014-04-29T01:01:00.003-03:002014-04-29T01:01:49.000-03:00Em vãoMe fecho em semi-círculo<br />
dos olhos que se esgotam<br />
em gotas de silêncio<br />
em gotas de vazio<br />
que pingam<br />
sem nunca alcançar<br />
o chão<br />
<br />
o ciclo não se fecha<br />
o vento assovia sem fôlego<br />
o mar anseia pingo<br />
e o orvalho seca,<br />
seca para nunca mais<br />
<br />
voltar, a ser<br />
sereno e<br />
<br />
ser e<br />
<br />
no<br />
<br />
<br />
ser<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
não<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
serSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-66696576814792362802014-04-15T01:19:00.000-03:002014-04-15T01:33:04.830-03:00"Soneto" da des-perdida (ou do des-espero)Me despeço da tristeza,<br />
do não poder mais,<br />
dos olhares que fugiam<br />
dos olhos que não são mais teus.<br />
<br />
Não quero mais querer.<br />
Me des-faço do não feito<br />
de meu peito que é só<br />
o que não foi.<br />
<br />
Caminho pelo vento<br />
que respiro, sem mais<br />
dor, sem mais<br />
<br />
talvez, só peço a despedida<br />
do impossível, do não ser<br />
de você.Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-73493076273487096072014-04-15T01:13:00.003-03:002014-04-15T01:13:56.804-03:00"Oceano é saudade"Saudade de onde nunca fui.<br />
Desconheço o conhecido.<br />
Me aflijo na mansidão<br />
da solidão.<br />
<br />
Dias dispersos, róseos, áureos<br />
Anil, ah! nem o céu<br />
nem nunca, nem sempre<br />
completarei o incompleto.<br />
<br />
Saudade do que pode acontecer<br />
e do que nunca será<br />
Que será do mar?<br />
<br />
Do mar, resta pouco<br />
céu, resta tanto chão entre...<br />
Imensidão de saudadeSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-354774706035248872014-02-28T21:00:00.002-03:002014-02-28T21:03:19.179-03:00Marias, marias...<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Aproveitando o início de carnaval, vamos comemorar com um blues, mas não um blues qualquer! Sim, nada mais e nada menos do que Nina Simone. Esbarrei em seu nome por um acaso em uma aula de teatro, por uma indicação, e que indicação! Nunca mais desgrudei da cantora, e muito menos dessa música em especial:</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/GUcXI2BIUOQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">Ain't got no home, ain't got no shoes<br />Ain't got no money, ain't got no class<br />Ain't got no friends, ain't got no schooling<br />Ain't got no work, ain't got no job<br />Ain't got no money, no place to stay</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">Ain't got no father, ain't got no mother<br />Ain't got no children<br />Ain't got no sisters or brothers<br />Ain't got no earth, ain't got no faith<br />Ain't got no church, ain't got no God<br />Ain't got no love</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">Ain't got no why, no cigarettes<br />No clothes, no country<br />No class, no schooling<br />No friends, no nothing<br />Ain't got no God</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">Ain't got no earth, no water<br />No food, no home<br />I said I ain't got no clothes,no job<br />No nothing<br />Ain't got ...<br />And I ain't got no love</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">Oh, but what have I got?<br />Oh, what have I got?<br />Let me tell you what I got<br />And nobody's gonna take away<br />Unless I wanna</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">I got my hair, on my head<br />My brains, my ears<br />My eyes, my nose<br />And my mouth, I got my smile</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">My tongue, my chin<br />My neck, my boobs<br />My heart, my soul<br />And my back<br />I got my sex</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">I got my arms, my hands<br />My fingers, my legs<br />My feet, my toes<br />And my liver<br />Got my blood</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">I got life, I've got lives<br />I've got headaches, and toothaches,<br />And bad times too like you</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">I got my hair, my head<br />My brains, my ears<br />My eyes, my nose and my mouth<br />I got my smile and it's my smile</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">I got my tongue, my chin<br />My neck and my boobs<br />My heart, my soul<br />And my back<br />I got my sex</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">I got my arms, my hands<br />My fingers, my legs<br />My feet, my toes<br />Got my liver<br />Got my blood</span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<span style="font-family: inherit;">I got life, I got my freedom<br />I've got life</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
Como um blues, a letra é muito simples, mas é a simplicidade que me atrai, pois nela há uma complexidade que poucos entendem de verdade. Num primeiro momento, ao ouvirmos a música, damos risada, e pensamos pobre coitada dessa mulher que não tem nada! Mas ao prestarmos atenção na segunda parte, especificamente no refrão, vemos que a ideia da música é outra: não, ela tem tudo, ela tem a si mesma, ela tem a sua própria vida. </div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
A primeira interpretação que tive dessa música tem a ver com a ideia de desapego do budismo, pois a pessoa diz não ter, de fato, nada: sapatos, casa, comida, trabalho, dinheiro, namorado, marido, família, amigos, etc. O que ela realmente tem, de verdade, é sua própria vida, seu corpo, ou seja, ela mesma. Bom, pode parecer que o pensamento que a música transmite é de que não temos pessoas ao nosso lado, e que para nos desapegarmos temos que abrir mão até das nossas companhias, e que o que importa no fim é só nós mesmos; entretanto, não vejo dessa maneira. O fato, para mim, é que um dia iremos morrer e carregar a nós mesmos, a nossa vida. Nessa viagem a única certeza que temos é a morte, e com ela não levamos sapatos, amigos, casa, dinheiro, família, trabalho, eles continuam ali. Ou seja, estamos carregando esse peso sozinhos, cada um com o seu. Este pensamento pode parecer egoísta, mas não é, pelo fato de que quando sabemos que todos passam por isso sozinhos, eu, você e meu cachorro, é quando sabemos disso que sentimos compaixão. Compaixão não no sentido de sentir pena, mas no sentido de que eu entendo o que o outro passa, pois ele passa pelas mesmas situações que as minhas, e é por isso que somos iguais, e é por isso que vou respeitá-lo. Assim, há a ideia de pensarmos em nós mesmos, olharmos para dentro de nós, e nos perguntarmos: o que realmente, o que de verdade verdadeira eu possuo?</div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
A partir daí, lembrei da situação das mulheres nesse mundo patriarcal. Por muito tempo, a mulher só se legitimava quando estava casada. Só ganhava um nome, quando tinha um marido ao seu lado. E novamente me vem a pergunta: o que eu possuo de fato? Bom, se eu morrer meu marido irá continuar ali, e o que será de mim? Apenas uma extensão do meu companheiro? Pra quem leu Madame Bovary, do Flaubert, a obra se inicia e termina com a história do marido de Emma. A mulher é emoldurada pelo homem, sua função é ser esposa, e o que de fato a mulher sentiu, viveu e experienciou, ninguém irá saber. Você irá ser resumida apenas pela delimitação de "esposa amável" em sua lápide. Todo o resto, foi para o túmulo junto. Quem não casava, era mal vista, era (ainda é?) solteirona. </div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
Com o feminismo, algumas ideias foram iniciadas na nossa sociedade, mas ainda assim, ainda hoje, ouvimos alguém julgando mulheres de solteirona. Todos sabem que ainda temos muito o que melhorar, pois até racismo, homofobia e outros tipos de preconceitos encontramos por aí. </div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
Enfim, o que somos afinal? </div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
Nina Simone: mulher e negra. Sua face transmite força, daquele tipo de quem sabe de si, e que continua vivendo. Como a Maria, Maria, não vive apenas aguenta. Aguenta o tranco, e segue acreditando em si mesma. Por maior que seja as desavenças que esteja vivendo, ainda estou aqui, ainda tenho vida, ainda pulso. </div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
Assisti ao filme "A cor púrpura", e logo pensei no blues da Nina. Há um momento que o "marido" da Celie diz que ela é feia, negra e, pior ainda, mulher! O cara xinga ela e o pior de tudo é ser mulher. A mulher não pode ser feia, tem que atender aos padrões estéticos de beleza, tem que gastar dinheiro com vaidade; a mulher não pode ser negra, pois ser negra é ser inferior para esta sociedade;e a mulher, coitada, nasceu mulher, um ser três vezes inferior. E logo me lembro da força que me traz as feições da Nina, pois para superar essas situações, a pessoa tem de ser forte, e essa é uma força difícil de ser alcançada, a força de acreditar em si mesmo.</div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
Me recordei o quanto os africanos, ao chegar num continente estranho, sofriam. Eles realmente não tinham sapatos, casa, trabalho, marido, irmão, irmã, pai, mãe... o que eles tinham? Eram tratados como uma mercadoria, vendidos, comprados. E mais uma vez, a pergunta: o que de fato eu tenho? Eu tenho minha vida, eu tenho eu mesmo, eu tenho minha liberdade de ser o que sou. Mesmo feia, mesmo negra, mesmo mulher.</div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
E para terminar, mais um bluezinho, vindo do filme "A cor púrpura":</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/9_W2g1TiIc4/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="https://youtube.googleapis.com/v/9_W2g1TiIc4&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="https://youtube.googleapis.com/v/9_W2g1TiIc4&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<div style="font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
<br /></div>
Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-76643680979198007792013-09-13T16:30:00.001-03:002013-09-13T16:30:38.422-03:00Nunca serei Garcia Lorca<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">La noche es herida por mis pensamientos. </span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">La luna es llena y menguante al mismo tiempo. </span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Una gitana presa en sus ensueños.</span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Os pandeiros e as palmas apenas cessam quando a chama apaga.</span></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">A luz cúmplice da lua era testemunha. </span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Os tijolos e paus, um a um, sendo encaixados.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">E nós, enfrente ao que antes eram janelas e portas. </span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px;">A fogueira estalava ecos pelas estrelas</span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;">O riso era o pranto dos que levam a terra nas mãos</span></span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Os pés eram cruzes fincadas na estrada </span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">E o pó, com gosto de morte</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px;">La noche es herida por mis pensamientos</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">La luna es llena y menguante al mismo tiempo</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Una gitana presa en sus ensueños</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px;">Mas a guarda já estava ali</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">E o efêmero sol poente se escondia</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Das flores de pólvora que perfuravam </span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Homens e sonhos</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><br /></span></span><span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px;">Amigo, já não sou mais eu</span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Quem fala, já não sou mais ti</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Que fere, já não sou mais o povo</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Que grita e emana na dor</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px;">Amigo, agora sou a terra</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Sou um último fôlego</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Sou esquecimento</span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Amigo, agora já não sou</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px;">La noche es herida por mis pensamientos</span><span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span><span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;">La luna es llena y menguante al mismo tiempo</span></span></span><br />
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Una gitana presa en sus ensueños</span></span><br />
<div>
<span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-810392142486726592013-09-13T15:37:00.000-03:002013-09-13T15:45:39.297-03:00TardeÉ tarde<br />
Tudo é tarde<br />
Agora, tudo é tarde<br />
Invadiu? Agora, tudo é tarde<br />
Me invadiu? Agora, tudo é tarde<br />
Por que me invadiu? Agora, tudo é tarde<br />
vazia, por que me invadiu? Agora, tudo éSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-47458743841366591952013-08-27T23:09:00.003-03:002013-08-27T23:09:50.997-03:00I'm in BlueEu soul,<br />
mas não soul para ti.Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-54323927466310336162013-08-27T23:09:00.000-03:002013-08-27T23:09:00.271-03:00Ciganario que corre<br />
passageiro que partiu<br />
mas ficou<br />
antes da hora<br />
o agora já não é<br />
mais do que o simples pó<br />
de minha existência<br />
eu sou cinza<br />
e você<br />
a chama fraca que corrói<br />
até não maisSarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6392904337586657832.post-54271688062134436612013-07-01T14:44:00.001-03:002013-07-01T14:44:50.281-03:00RevolvendoQuero andar por aí<br />
até meu cabelo tocar as pontas dos dedos<br />
raízes confusas buscando no céu<br />
nuvens de desapego<br />
<br />
Quero voar por aí<br />
até de meus braços caírem penas<br />
e de meus olhos as ramas<br />
fugitivas da leveza<br />
<br />
De meu ser resta pouco além de ser<br />
<br />
<br />Sarahhttp://www.blogger.com/profile/16028194401301584360noreply@blogger.com0