ao F.T.
as flores ainda latejam em minha nuca
negras lúgubres pétalas de saudade
à espera
meu tempo se chama nunca
grito no escuro do impossível
esperança
os sons se calam e reverberam no silêncio
estendo as mãos ao inalcançável
desespero
a tristeza é tanta para pouca lágrima
esquecida nos secos olhos quase verdes
despedida
me escondo te escondendo em mim
lembranças do que nada será
desapego